quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

USF-Córrego da Bica






Localização


A USF-Córrego da Bica do Distrito III localizada na rua de Santa Terezinha no Bairro de Passarinho faz limite com os bairros: Brejo da Guabiraba, Guabiraba, Brejo do Beberibe e com o município de Olinda, ficando a comunidade nas proximidades da BR-101 na altura do campo de treinamento do club Náutico. Atividade e funcinamento da Unidade.

A Unidade é subdividida em quatro equipes, cada qual com seu médico, enfermeira e ACSs. Estas são divididas pelas cinco a sete microárias existentes em cada região (área colorida) da foto. Cada equipe possui uma sala de consulta, mas compartilham as salas de vacina, de curativos e de exames. A USF é composta ainda de um consultório odontológico, uma farmácia e um novo sistema de atendimento chamado Acolhimento que tem aliviado a lista de espera das consultas, mas que não surgiu só com esse propósito. Esse novo tipo de atendimento se move no sentido de atender às necessidades mais urgentes da comunidade, mesmo que estas não sejam,
à visão patológica da medicina, emergênciais. É importante frisar que cada equipe tem seu dia de Acolhimento e os casos mais graves são encaminhados para a Policlínica Barros Lima.

Há várias atividades realizadas na Unidade de Saúde como os grupos de Hiperdia, Planejamento Familiar e Campanhas de combate a doenças endêmicas, como a filariose e a dengue.


Reconhecimento do Território

A primeira atividade de APS I foi o reconhecimento do território, já que é a partir dele que lançamos estratégias para prevenir, tratar e curar os problemas de saúde da comunidade. Nela percebemos como os determinates sociais, econômicos, culturais e ambientais influenciam no processo saúde-doença. A importância da compreensão do território, portanto, consiste em projetos que irão ser feitos em cima da caracterização da desigualdade populacional para a promoção de saúde.

Na comunidade do Córrego da Bica notamos, por exemplo, que mesmo a coleta de lixo sendo relativamente regular, acontece o acúmulo dos mesmos nas ruas, córrregos, terrenos baldios, encostas de morros etc. Lixo esse que pode atrair vetores de inúmeras doenças como a dengue, filariose e leptospirose, doenças que acometem a comunidade.

Além do lixo, outros fatores levam ao acometimento de várias doenças, como o canal que corta a região sem nenhem tratamento, onde as crianças bricam em suas águas poluídas. A falta de equipamentos de lazer também é um grande agravante para o surgimento de violência e gravidez precoce entre os jovens, além é claro das doenças sexualmente transmissível. É fato que as crianças perdem seu senso infantil muito precocimente, como podemos ver nas escolas, que possuem professores com 17 anos de idade.

Em relação a atividade econômica da comunidade notamos a presença de uma grande variedade de mercearias, feira livre, algumas poucas farmácias, padarias e Lan Hause. Podemos encontrar também uma significativa presença de igrejas e associações religiosas de todos os tipos de religião. Existe uma associação de moradores e uma rádio comunitária, além de escolas estaduais, municipais e particulares.



Conhecendo o trabalho dos ASAs em suas atividades em Educação em Saúde

Surgiu uma oportunidade de conhecermos o trabalho de educação em saúde de alguns ASAs através de uma oportuna mudança rápida de planos da professora Adriana que percebeu a insuficiência de ACSs para que pudéssemos realizar as atividades do dia. Fomos à Escola Nova Descoberta assistir a uma palestra para crianças da quarta e quinta série sobre Dengue. Foi uma oportunidade única em que podemos entender o trabalho do componente cultural como determinante no processo saúde-doença. O objetivo de atingir as crianças era de dispersão de informações. Os ASAs possuíam o conhecimento prévio sobre o comportamento dessas crianças na comunidade. Eles entendiam que uma informação bem absorvida por elas era facilmente projetada para outras pessoas da família. Portanto os palestrante Elbânia Santos e Miguel Ângelo usaram diversos mecanismos para entrerter as crianças, através de outros conhecimentos sobre os costumes deles na comunidade. Eles fizeram uso de desenhos, vídeos, microscópios ópticos para mostrara a evolução do Aedes Aegypti e, principalmente, ofereceram estímulo, através de premiação, para a participação das crianças. Portanto, connhecendo-se o interesse pelos brinquedos e pela informação visual eles conseguiram alcançar o objetivo imediato que era de fixar a atenção dos alunos. Porém, o trabalho de educação em saúde produzido por esses profissionais atingiria não somente as crianças, que funcionaram mais como vetores, e sim a comunidade em geral. Nos inspiramos neles para fazer nosso trabalho de ação na comunidade.
Outro aspecto interessante sobre o momento vivenciado na escola é o precário espaço físico e consequente acúmulo de crianças em sala de aula. Estas, quase sempre, subdivididas para tentar suprir a demanda da comunidade. Problematizando assim, o risco de dispersão de doenças respiratórias, que são inclusive a maior causa de proucura ao posto de saúde.

Atendimento

O atendimento pelo médico é, principalmente, realizado no próprio Posto de Saúde. No entanto, em caso de pacientes acamados o profissional realiza visita domiciliar.

É fundamental ressaltar a geografia da comunidade a qual apresenta grande quantidades de ladeiras e escadarias o que dificulta o deslocamento de pessoas mais idosas ou com algum tipo de dificuldadde de locomoção até o Posto de Saúde. Nesse caso , também, alguns médicos vão até sua casa.

No aspecto do relacionamento do médico-paciente, é fundamental a convivência diária dos profissionais de saúde do PSF com as pessoas da comunidade no momento de distinguir a dor real do exagero e o sofrimento físico da carência psicológica.

Além da avaliação patológica, o médico faz perguntas rotineira sobre o sono, alimentação, higiene e exercícios que , naturalmente, estão atrelados a saúde do paciente. Existe uma relação simples, sem grande distanciamento, entre médico e paciente.

Pergunatas que não se limitam à doença são de suma importância, pois podem responder sobre as causas do surgimento das enfermidades.

Fatores desde o uso incorreto de proteção do trabalhador até o tipo do relacionamento do paciente com os seus familiares, são pistas preciosas para diagnosticar, compreender e até prevenir doenças.

Portanto, o médico está muito mais além de um patologista, ele deve trabalhar não somente com a doença, mas também com o meio ambiente através da influência que esse meio pode ter nas pessoas










Um comentário:

  1. Mulheres da Bica
    É com muita alegria que acesso este blog criado por vocês que são pioneiras em muitas ações dentro do Programa de Saúde da família do Município do Recife.
    Devo dizer-lhe que muito me orgulha ter feito parte dessa equipe inesquecível.
    Parabéns a todas, muito sucesso e estarei sempre pronta a colaborar com este trabalho de grande importãncia para a Atenção Básica
    Abraços a todas
    Carmem

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