A USF Antônio Francisco Areias, situada no 2º distrito sanitário, é subdividida em duas microáreas: Saramandaia e Vila da Prata, que, embora precárias, apresentam algumas peculiaridades e até, de certo modo, contrastam entre si, considerando alguns dos pontos avaliados nessa primeira etapa da Atenção Primária à Saúde.
A comunidade abarcada pela USF Francisco de Areias é considerada como um todo em relação à topografia, sendo uma área plana e/ou à margem de rio ou canal. Na foto ao lado, percebemos tais características, sendo a parte esquerda da foto voltada para a Vila da Prata e a direita para Saramandaia. A topografia da região favorece a utilização do solo para fins residenciais, evidenciando, assim, uma semelhança entre as microáreas. Contudo, ainda se percebem instalações comerciais na Vila da Prata, sendo a grande maioria relacionada à reciclagem do lixo e ao ferro velho.
Muitas das instalações comerciais se confundem com espaços re
sidenciais, pelo fato do lar, às vezes, ter tal função. É
notória ainda a variação da conformação dasmoradias, oscilando de casas de alvenaria a de materiais recicláveis ou de taipa. Além disso, em Saramandaia, as construções se dão à beira do canal que também drena outros bairros do entorno. Portanto, podemos perceber o quão influente é o meio que circunda essas moradias no processo saúde-doença, exarcerbando-se em Saramandaia, onde a precariedade é muito além do visível.
A microrregião como um todo apresenta discrepâncias relacionadas ao abastecimento de água (presente na Vila da Prata e
restrito a algumas moradias de Saramandaia) e ao sistema de esgoto. Na Vila da Prata foi observado um precário, porém presente, sistema de esgoto, ao passo que, em algumas ruas é ausente, restrito a fossas. Já em
Saramandaia, o escoamento é direto no canal, dada a localização das instalações de moradia, a qual facilita essa forma de deposição de resíduos. Também, em virtude de tal forma de ocupação, são frequentes, em épocas de chuva, enchentes que levam os dejetos de encontro aos moradores ribeirinhos, causando-lhes enfermidades características, além de os desabrigarem. O fato descrito acima é agravado pelo acúmulo de lixo em algumas áreas onde a coleta é irregular, apesar de, em boa parte da região, o recolhimento ser feito em dias específicos pelo caminhão do lixo.Todavia, nos últimos meses, foi observada certa mobil
ização do poder público, com a intenção de resgatar um pouco a dignidade da população mais carente, como a construção
de um conjunto habitacional, em Saramandaia, para moradores que ali se encontram. Essa iniciativa pública integra o Projeto Pró-metrópole. Somado a isso, temos a presença do espaço multicultural Nascedouro de Peixinhos, que empreende atividades diversas com crianças e adolescentes, na tentativa de oferecer-lhes um ambiente especial, o do aprendizado.
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ResponderExcluirEu sei que fica ate estranho eu mesma falar sobre o nosso trabalho.Mas é so para comentar que apesar de morar em Olinda , eu desconhecia a realidade precaria que encontrei em Peixinhos ( Saramandaia ).É realmente uma população bem "a margem "da sociedade.
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